Base Aérea de Anápolis recebe caças de última geração e mantém segredos de defesa com exercícios ultra-secretos

A Base Aérea de Anápolis, fundada em 1972, é um dos locais mais estratégicos do Brasil, projetada para ser o centro principal de defesa aérea do país. Embora seus objetivos tenham se expandido ao longo dos anos, o segredo e a confidencialidade sobre o que acontece nas suas dependências continuam a ser uma marca registrada da base. Conhecida por sua black box – uma sala secreta onde dispositivos de gravação são proibidos –, a base realiza operações táticas e treina seus pilotos para missões de alta complexidade.

A chegada dos caças F-39 Gripen e a adaptação da base

Em 2022, a Força Aérea Brasileira (FAB) adquiriu 36 caças F-39 Gripen da suécia, aeronaves supersônicas capazes de alcançar Mach 2 (cerca de 2.500 km/h, o dobro da velocidade do som). Estas aeronaves representam um salto significativo em relação aos caças mais antigos, e a Base Aérea de Anápolis teve que passar por um extenso processo de adaptação para abrigar essas máquinas de guerra de última geração. A estrutura que, originalmente, foi construída para receber os Dassault Mirage 3 franceses, precisou passar por modernizações para garantir que os Gripens pudessem operar de forma eficiente.

Com esses novos caças, um avião de Anápolis consegue atingir Brasília em apenas 5 minutos, algo que representa um avançado poder de defesa para a capital do país. Até o momento, 11 aeronaves já foram entregues, e os pilotos estão em treinamento contínuo para dominar o uso dessa tecnologia.

Treinamento de alta tecnologia na Base Aérea de Anápolis

Em uma visita recente à base, a Folha de S. Paulo teve autorização para acompanhar os treinos de um piloto, sob a orientação de um técnico da Saab, fabricante do Gripen. Durante a visita, os repórteres puderam observar os simuladores em operação, que mesclam elementos virtuais com a realidade. Os pilotos utilizam simuladores de voo avançados instalados em salas especialmente projetadas, com câmeras para monitoramento, e equipamentos de última geração, como computadores, joysticks e manetes de potência idênticos aos do Gripen real.

Este treinamento de alto nível reflete o compromisso da FAB com a qualificação e preparação de seus pilotos, utilizando tecnologia de ponta para garantir a prontidão e eficácia das forças aéreas brasileiras.