Advogado em Anápolis tenta socorro do Samu por 10 vezes, mas morre dentro do próprio carro

O caso trágico do advogado Rodrigo Bonfim, de 47 anos, está gerando repercussão após ele falecer em seu carro a poucos metros de sua casa, em Anápolis, Goiás. O profissional sofreu um mal súbito e tentou diversas vezes, cerca de 10, acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não obteve sucesso. As chamadas feitas por Bonfim foram registradas no celular da vítima, revelando sua luta desesperada por ajuda, até que seu corpo foi encontrado na manhã da última quinta-feira, 20, a apenas 200 metros de sua residência.

Tentativas frustradas de socorro por parte do Samu e resposta das autoridades sobre a tragédia

De acordo com os registros do celular de Rodrigo Bonfim, ele ligou repetidamente para o número 192, destinado ao Samu, tentando solicitar atendimento de emergência. Porém, a Secretaria Municipal de Saúde de Anápolis confirmou que nenhuma das tentativas de contato foram reconhecidas ou atendidas pelo sistema do Samu. As ligações, que aconteceram durante a madrugada, foram as últimas ações registradas antes que seu corpo fosse encontrado.

Após a descoberta do caso, a Secretaria Municipal de Saúde emitiu uma nota informando que medidas estão sendo tomadas para investigar o ocorrido. A nota afirma que, caso seja comprovada negligência ou erro por parte dos profissionais do Samu, providências administrativas serão adotadas para apurar a responsabilidade e evitar que incidentes semelhantes aconteçam no futuro. O Samu, por sua vez, destacou que continua comprometido em fornecer um atendimento ágil e qualificado à população de Anápolis, visando garantir a eficiência nos serviços de urgência e emergência.

Esse episódio levanta questões sobre a eficácia e a confiabilidade dos serviços de emergência no Brasil, especialmente no que diz respeito ao atendimento em situações críticas, onde cada segundo pode ser crucial para salvar vidas.

A falha no reconhecimento das ligações de um cidadão em estado de emergência reacende o debate sobre a necessidade de melhorias nos sistemas de atendimento médico de urgência, principalmente nas comunicações entre a população e os serviços de saúde.